sábado, 29 de novembro de 2008

Lista para Maria


1. Comprar o presente de Natal.
2. Preparar os aniversarios.
3. Ensinar a falar Mike Wasowsky.
4. Levar ela à praia e dá todas comidas que os pais não dão.
5. Um livro e uma caixa de lapis coloridos pra riscar ele enquanto não sabe ler.
6. Mais alguns presentinhos.
7. Esconder travessuras.
8. Cuidados com os resfriados dos sorvetes e banhos de chuva que eu dei.
9. Matricular no balé.
10. Muitas fotos.
11. Ensinar a desenhar na parede da sala.
12. Pegar no colo para dizer que tudo se acerta quando a mãe dela brigar.

[... ai ela deve ter uns três anos e eu refaço a lista. hehehe]

Objetivo final: Mostrar que madrinhas são sempre muito legais. [Pelo menos, até ela lá aos 18 anos, pedir meu carro emprestado.]

Amooo!!!

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

"Coma deste sal comigo..."

Ontem assisti o espetaculo Memorial. Inusitado. Não pretendia me jogar nessas reflexões esses dias. Mas, nao tive opção.
Memorial foi estrategia para guardar minhas lembranças. Lembrei tudo. só agora me dou conta.
Eu falo aos mais chegados que tenho uma disfunção... eu sinto saudade antes da hora. Recebo a noticia que alguém vai viajar, e eu ja estou com saudades um mês antes. e ainda nem foi. Não fui ver o filme que gostaria, e eu já estou com saudades do sábado no cinema que nem aconteceu. Poderiamos analisar isso como: ansiedade. mas, num sei dizer direito o que é. ainda acho que é além disso.
Qual a matematica funcional, filosofica e neuro cientifica das minhas lembranças?
Eu preciso entende-la. Eu não tenho memória. Se esqueço, nem lembro que esqueci. As coisas simplesmente deixam de exsitir, não importa o esforço que faça, se eu nao lembro neste minuto, nao lembrei quando passarmos para o próximo.
Mas, as vezes até acho que lembro demais...
Não possuo nenhum poder de coerçao sobre meu guardador.
Eu digo: quero esquecer isso. Quero esquecer isso. Ele me ignora.
digo então: E isto? Isto, eu quero lembrar pra sempre, ouviu? Ele me ignora.
Íncrivel pensar a gravidade desta ineficácia de ordens. se lembrar interfere em todo o resto.
Quem será que escolhe o que vou conseguir recordar?
O meu lado direito do cerebro? o esquerdo? um grupo de cientistas que fazem comigo o show de Truman? a Matrix? O grande irmão? O ego? o Self? O professor Xavier? Afinal quem apagou a memória do Wolverine? [são muitas dessas possibilidades que devo levar no esquecimento, inclusive a verdadeira]

É fato que, neste episódio, uma das possibilidades levantadas me assustou. já tenho por certo que lembro de coisas demais. mas, dei-me conta agora que minhas lembranças também estão nos outros.
Isso é mais assustador que os outros vestígios que me conduziam ao alvitre. Eu estou por ai. e outros aqui. e ta cheio.

-"Coma comigo deste sal." [para distrair-se do peso do que vou lhe falar e você possivelmente não poderá optar se vai lembrar. no entanto, há a esperança de lembrar mais do sal.]

Bukowski

"você pode não acreditar nisto
mas há as pessoas
que passam pela vida com
muito pouca
fricção de angústia.

eles se vestem bem, dormem bem.
eles estão contentes com
a família deles.
com a vida.

eles são imperturbáveis
e freqüentemente se sentem
muito bem.
e quando eles morrem
é uma morte fácil, normalmente durante o
sono.

você pode não acreditar nisto
mas tais pessoas existem.
mas eu não sou nenhum deles.

oh não, eu não sou nenhum deles,
eu não estou nem mesmo próximo
para ser um deles.

mas eles
estão lá ...

e eu estou aqui."

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

[sem mais para o momento]

- As rãs são aves migratórias.

[sorte do dia]

terça-feira, 25 de novembro de 2008

[Próxima faixa]


"Mulher de música é melhor ficar na música / Porque mulher de música é coisa de utilidade pública" (Tom Zé)

Me meto no raciocinio, se o autor assim me permitir, pra dizer que esta frase continua em uma outra parte do mesmo novo CD.

"Mas foi por causa dela que o céu desabou
sobre suas estrelas / Tinhorão, que horror!
Pecado pai que nosso palco
num desavisado quebra cai,
nosso mundo se vai."

Mulher. Homem. aqui num depende do gênero musical. ou gramatical. ou literario. ou bom. ou ruim.
Enfim, o fato é que: sabia que minha clareza continuando pertencendo a mim, nao gostaria nem por um dia de trabalhar com música.
ainda que tivesse invariável talento para o oficio. o que definitivamente não tenho.
Porém. No entanto. Todavia. [...]
não que fosse desejado. longe de mim. Mas, me agradaria. um dia. que a musica a mais entre as já das Teresa's,
fosse por árduo emprevisto endereçada a essa que vos fala.

[Aí. agora. nem sei. paira. titubeio.]

Escutar a musica que cito acima, abalou minhas estruturas de compreensão do bel-prazer, nao sei mais se de fato tocaria essa em minha vitrola.
não gostaria de cantar. já disse.
Não tenho arranjo que possibilite cantar nem o lado B de vinil mais um "bis", sem correr o risco de não mais abrir a boca.
Não obstante que fosse pra dizer trinta e três, na ida ao médico cuidar da tuberculose. a doença dos artistas do outro século.
nasci do século errado.

.a segunda. ainda pós a constatação que a mulher de musica deva continuar na musica.
Mantenho: mas, "foi por causa dela que o céu desabou." -Oooo Oooo
.relação intrinseca dos musicaveis e o céu. desaba é tudo.
Num adianta sublimar. nem chover. nem nada.
Desaba. e pronto. e ponto.

[beneficios da versão remasterizada de escrever em blog, nem percebi que cheguei a próxima faixa]

domingo, 23 de novembro de 2008

Atribuindo os devidos direitos


Esta foto, assim como a que abre e se apresenta na frente de sua curiosidade quando me encontrou neste espaço cybernetico, são registros de um amigo fotografo que rima comigo.

Sala de musica

Consulta marcada há duas semanas... ninguém deveria esperar tanto pelo nque lhe espera uma ida ao gastroenterologista. Chovia preguiça. Mas, vamos lá em nome da saúde e de meu futuro gastrico. Fui pensando nas milhares de coisas que se pode fazer entre uma sexta de madrugada e uma sexta à tarde. E nada fazia sentido na minha opção delevantar da cama num dia de chuva nas proximidades da linha do equador pra ir ao bendito gastroenterologista. Sim, eu tenho uam bacteria que mora no meu estomago. Mas, 80% da populaçao brasileira tem. Quem come em lanchonetes, quem bebe em bares, quem guarda os copos dentro da geladeira, quem ja bebeu no meu copo, que eu bebi no copo de alguem... enfim, você pode nao saber, ams você possivelmente faz parte desta parcela que já tem uma vida morando dentro de você. Qaundo soube foi desafiador. Uma bacteria normalmente não é compreensiva. Mas, acho que não é pra tanto, ela me supreendeu. Efim... voltando. No caminho a chuva passou... e as pessoas estavam indo a praia na sexta-feira feita pra dormir. Pelo menos ela me parecia feita pra dormir.
Chegado ao gastroenterologista, entrada com olhares flutuantes do demais hospedeiros de bacterias, indo ao transmites burocraticos dos planos de saude. "-Senhora, coloque o seu dedo indicador, por favor." Benditos transmites burocraticos. Percebi que a sala divida-se em dois espaços. Um interessante, e outro chato. Obviamente minha mae foi ao chato. Obviamente fui ao chato junto. Mas, obviamente depois de cinco segundos fui ao interessante.
Lado A. Toca blues. poltronas confortaveis. bela vista da janela. um senhor interessantissimo lendo seu livro. A verdade, é que o homem olhava e lia: o livro e eu intercaladamente. Senhores. Eu nao sei olhar assim. Me conformei em ver pés, mãos, tudo em parcelas repartidas montando o mosaico do sofa que estava a minha esquerda. "-Senhor. Por favor pode vir até aqui? " O senhor foi. E eu fui junto mesmo sem me dá conta. Acho que ele deu conta, mas acho também que nao deu muita conta pra mim. Voltou ao seu lugar. E eu novamente tentando guardar as peças, dentro do meu livro que fingia esta aberto. se soubesse desenhar, desenharia, mas nao sei. Fui guardando. "-Senhor, pode entrar, o doutor lhe aguarda." O senhor foi. e fui com ele mais uma vez sem mexer olhos, deixando todos os neuronios dedicados a guardar na memoria todo o possivel. e a maldita voz me desconcentrou: "-Senhora, seus documentos. Pode guarda-los."