terça-feira, 20 de janeiro de 2009

A vida é um sopro ou um assobio?

domingo, 18 de janeiro de 2009

[só pra dizer que ainda não desisti daqui]

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Ectoplasmas platelminticos aparte. somos mesmo um pedaço da alma de alguém.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Sem dormi. não acordo. e os dias ao certo não clareiam.
Os últimos tem durado 72 horas.
Levanto pra mais uma noite que não acabou. e continua no resto das horas que esperam chegar outra oportunidade de tentar descansar.
Sonos são trêmulos pra mim. durmi me incomoda, mas não durmi me faz mal.
Em mais horas claras de olheiras a mostra. dores das mais variadas formas me decoram. ponho oculos. tiro oculos. essa ilusão que as dores de cabeça podem ir da alma pra fora. cedi!
Apenas um motivo me preocupa de forma clara. um motivo que carrega o fardo do futuro. mas, só por este não me deixaria o nó que não me permite falar.pensar. ou rir de dentro.
Só por este eu me entenderia.
Deitei ainda no sol pedindo que achasse um escuro de mentira. um que funcionasse.
não funcionou. vi tudo. e ainda estou tentando encontrar o estado de sono.
os olhos atentos na historia. mão preguiçosa no carinho. som forçado no comentario. nada ajudou.
Além da tua boa noite. que veio em forma singular. lendo-me.
- deus te dê paz! -
[claro que havia percebido. eu acreditando pensar que não havia. o que há de mais proximo a mim esta ali. mão estendida. cabeça preocupada. espera do bom futuro também. e se talvez fosse eu solicitar algo não iria pedir tão certa solução. não. certo que não iria.]

"Meu Deus, me dê a coragem

[...]

Faça com que a solidão não me destrua.
Faça com que minha solidão me sirva de companhia.
Faça com que eu tenha a coragem de me enfrentar.
Faça com que eu saiba ficar com o nada
e mesmo assim me sentir
como se estivesse plena de tudo.
Receba em teus braços
o meu pecado de pensar."

[Clarisse Lispector]

E não tem mais nada...

"Vá, se mande, junte tudo que você puder levar
Ande tudo que parece seu é bom que agarre já
Seu filho feio e louco ficou só
Chorando feito fogo à luz do sol
Pois alquimistas já estão no corredor
E não tem mais nada, negro amor
A estrada pra você é um jogo e ainda essência
Junte tudo que você conseguiu por coincidência
E o pintor de rua que anda só
Desenha maluquice em seu lençol
Sob seus pés o céu também rachou
E não tem mais nada, negro amor
Seus marinheiros mareados abandonam o mar
Seus guerreiros desarmados não vão mais lutar
Seu namorado já vai dando o fora
Levando os cobertores, e agora?
Até o tapete sem você voou
E não tem mais nada, negro amor
As pedras do caminho, deixe para trás
Esqueça os mortos, que eles não levantam mais
O vagabundo esmola pela rua
Vestindo a mesma roupa que foi sua
Risque outro fósforo, outra vida, outra luz, outra cor
E não tem mais nada, negro amor." [Caetano Veloso]

Dôedêra sem fim.

O Ministério do Trabalho deveria advertir: "aprecie o trabalho com moderação."
.pode dignificar o espirito, mas o corpo sofre a paga.

Dói:
acordar cedo;

cabeça;
ombro;
joelho;
pé;

=(

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Corre-corre

Nesses dias de regras novas do português eu nao sei se escrevi corre-corre com hifen esta correto.
Devido a volta à correria do trabalho não tenho tido tempo nenhum para coisa nenhuma. como já era de se esperar.
Mas, os amigos tem arranjado tempo para surpresas. boas surpresas.
Eis a desta noite, onde reafirma minha inconstância, mas muito me agradou.

Quando chove

quando chove,
eu chovo,
faz sol,
eu faço,
de noite
anoiteço,
tem deus,
eu rezo,
não tem,
esqueço,
chove de novo,
de novo, chovo,
assobio no vento,
daqui me vejo,
lá vou eu,
gesto no movimento

[Paulo Leminski]

sábado, 3 de janeiro de 2009

Telha de vidro

      Quando a moça da cidade chegou
      veio morar na fazenda,

      na casa velha...
      Tão velha!
      Quem fez aquela casa foi o bisavô...
      Deram-lhe para dormir a camarinha,
      uma alcova sem luzes, tão escura!
      mergulhada na tristura
      de sua treva e de sua única portinha...

      A moça não disse nada,
      mas mandou buscar na cidade
      uma telha de vidro...
      Queria que ficasse iluminada
      sua camarinha sem claridade...

      Agora,
      o quarto onde ela mora
      é o quarto mais alegre da fazenda,
      tão claro que, ao meio dia, aparece uma
      renda de arabesco de sol nos ladrilhos
      vermelhos,
      que — coitados — tão velhos
      só hoje é que conhecem a luz doa dia...
      A luz branca e fria
      também se mete às vezes pelo clarão
      da telha milagrosa...
      Ou alguma estrela audaciosa
      careteia
      no espelho onde a moça se penteia.

      Que linda camarinha! Era tão feia!
      — Você me disse um dia
      que sua vida era toda escuridão
      cinzenta,
      fria,
      sem um luar, sem um clarão...
      Por que você nao experimenta?
      A moça foi tão bem sucedida...
      Ponha uma telha de vidro em sua vida!

[Raquel de Queiroz]

.escutei atentamente.
aguardava terminarem os discussos e chegar a hora dos abraços.
.foi lido por em papel de pão.
Porque como dito pela oradora, ela não guardava mais na memoria as poesias de criança. entre o som da sanfona, quase lágrimas e risos tímidos. o presente foi dado à mim e não à aniversariante.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009


E o hábito de sofrer, que tanto me diverte,
é doce herança itabirana.
[Carlos Drummond de Andrade]

Resgatada.

Uma noite antes de viajar. pensando. olhando. pensando.

[confessei o descompasso da obeservação e pedi segredo]

Anotei a ordem abaixo no livro que estava lendo; como pra lembrar a mim mesma que não há graça nehuma em fotos de mar.

"Não deixo cair em meus ouvidos as fofocas que os olhos fazem acerca da graça da tua figura."
Menino, andei andando por ai. por isso demorei.

Eu nunca esqueço que gosto de andar.
mas, as vezes eu nao me escuto. e finjo que quero ficar por aqui.
Quando eu finalmente vou. é que eu percebo o quanto faz parte de mim correr o mundo.

Por isso demorei.
estava em busca de assuntos para rechear minhas falas de volta de ferias.
Achei.
[voltei mais desastrada que nunca. quando eu descolo do cotiadiano tenho essa reação adversa. mas, nada que eu não possa sobreviver.]

Voltarei logo mais para falar de todo.