"Vá, se mande, junte tudo que você puder levar
Ande tudo que parece seu é bom que agarre já
Seu filho feio e louco ficou só
Chorando feito fogo à luz do sol
Pois alquimistas já estão no corredor
E não tem mais nada, negro amor
A estrada pra você é um jogo e ainda essência
Junte tudo que você conseguiu por coincidência
E o pintor de rua que anda só
Desenha maluquice em seu lençol
Sob seus pés o céu também rachou
E não tem mais nada, negro amor
Seus marinheiros mareados abandonam o mar
Seus guerreiros desarmados não vão mais lutar
Seu namorado já vai dando o fora
Levando os cobertores, e agora?
Até o tapete sem você voou
E não tem mais nada, negro amor
As pedras do caminho, deixe para trás
Esqueça os mortos, que eles não levantam mais
O vagabundo esmola pela rua
Vestindo a mesma roupa que foi sua
Risque outro fósforo, outra vida, outra luz, outra cor
E não tem mais nada, negro amor." [Caetano Veloso]
quinta-feira, 8 de janeiro de 2009
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2 comentários:
"...até o tapete sem você voou..."
Por mais que a música insista "e não tem mais nada negro amor", eu sou mais insisente ainda: o chão da sala tá "friinho" por causa da chuva-bênção. Para quê me importam os tapetes? Esqueço [por ora] o "negro amor" e sonho [deliro mesmo] com os possíveis amores coloridos [despertados, adormecidos, ainda inexistentes e, principalmente, aqueles já por mim conhecidos... e correspondidos]...
Amores de amigas lindas como a Tanta!
=***
Dei-nos muitos amores!! muitos...
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