quinta-feira, 28 de maio de 2009

Custódia

Ai, Custódia! Sonhei, não sei se o diga:
Sonhei,q ue entre meus braços vos gozava.
Oh se verdade fosse, o que sonhava
Mas, não permite amor, que eu tal consiga.

O que ando no cuidado, e dá fadiga,
Entre sonhos amor representava
No teatro d enoite, que aportava
A alma dos sentidos, doce liga.

Acordei eu, e feito sentinela
De todoa cama, pus-me um peçanha
Vendo-me só sem vós, e em tal vergonha,
E disse, porque o caso me envergonha,
Trabalho tem, quem ama, e se desvela,
E muito mais quem dorme, e em falso sonha.

[Gregorio de Matos]


Este soneto foi encontrado por mim, em um livro nas visitas à biblioteca da semana passada. anotei.

Na noite passada não fui a biblioteca. mas, o soneto me visitou.

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