2.Episodio
Eles quase brigaram hoje. por telepatia.
Era um dia tenso. de poucos sorrisos. dia de despedida curta e sono pesado.
...se fossem invariavelmente telepatas, a briga teria sido tão séria que em dias reais não se falariam por mais um ano.
No entanto, a vida imita a arte, e o almoço foi tranquilo como a noite.
Ele tinha cabelos mais curtos que os de costume e mochila mais cheia que a do restante que lotava a sala antes da luz escurecer. Lua cheia. mãos geladas. olhos flutuantes.
.eram insólitos os dois!!
Não olhava para o lado, para não correr risco. Mas, a vida desembrulha tudo. e vez por outra tocava o pé. o braço. a alma.
Quando contavam o 5º ato foram:
todo sorrisos. uma prece. e cumplices.
Ele, por telepatia, pedia socorro. não poderia ir onde estava sendo convidado.
Ela correu para que a paralisia soasse normal. quis encerrar a angustia que o fazia tremer sobre as pernas longas.
.e correu tanto que tremia. tremia feito vara verde pálida.
Agora a angustia tinha um novo lar, alojou-se foi nela.
Por sorte verde os atos eram curtos o bastante para sobreviver.
.a volta foi gratificante.
sorrisos. outra prece. cumplices.
...
.e agora já estava quase tudo terminado. não reparou quando chorou. mas, sentiu o bem de poder estar ao seu lado quando acabou. ainda tentou prolongar. ganhou abraços cheios. atravessou o rio a nado e chegou onde não havia pensado.
Já no outro dia permaneciam tranquilos. não havia sonhado. nem pensado. nem parecia que havia salvo ele do medo que consumia seus olhos refletores. e foi bom contar histórias de novo. foi continuando sem pausa. bicicleta. sol. lembranças. amor.
mas, ela sabia que brigariam se pudessem falar.
...
foi-se mais cedo que devia.
mas, antes a cumprimentou: "até daqui a pouco."
.disse sabendo que não a veria nesses dias que se sucederão. mas, quis testar a força do sua telepatia.
sexta-feira, 4 de setembro de 2009
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