quinta-feira, 25 de dezembro de 2008
Lendo: o lustre.
sexta-feira, 19 de dezembro de 2008
Oração ao tempo
Tambor de todos os rítmos
Tempo tempo tempo tempo
Entro num acordo contigo
Tempo tempo tempo tempo..."
Feita de urgência em uma situação de emergência.
Eis aí a materia-prima que me compõe.
Não poderia pedir que fosse calma. limpida. poça d'água.
Eu não poderia atender mesmo que o pedido fosse de um querido pedidor.
Me fizeram assim. preocupada. ansiosa. escapante. plenajante.
Desfaço-me deste segundo facilmente prevendo o próximo.
minha próxima trsiteza. minha próxima alegria. minha próxima via. meu próximo amor. meu próximo passo. minha próxima vida para os dias que acredito nela.
Esta proximação me causa calafrio. me entorpe com a angustia de espera do futuro.
Ah, se chegasse logo. se nao demorasse por demais que demora.
Ou, se o minuto agora durasse mais. duas vezes mais. Talvez essa fosse a minha solução.
Firmo um ajuste contigo.
é. com você que inveta e mede o tempo.
Se um minuto durasse o dobro do que me dizem eu teria tempo para existir nele e pensar no próximo.
Ah, sim. me seria descansado viver em um lugar de minutos com 120 segundos.
O tempo daria-me o tempo necessário de ser quieta.
Poderiamos então fazermos um acordo?
Tome o tempo que me sobrou em todos os minutos e me dê de bônus nos proximos. Não seria muita coisa. de fato. mas, bastaria por enquanto.
É uma proposta. Seria de grande delicadeza sua aceita-la,
Seria, aí sim, um tempo popício para quem é nascido urgente.
Bom, senhor guardador do tempo, de toda forma agradeço. as chuvas do início de ano. e a competência de planejar-me um calendário anual.
[*sei que terminamos orações agradecendo. pra não parecermos insatisfeitos por completo ou mal-agradecidos.]
quarta-feira, 17 de dezembro de 2008
Documentando.
Eu nasci no século errado.
Meus parelhos eletrônicos nao me deixam esquecer diso. nem por um dia.
Neste momento, por exemplo, meu PC não me dá mais o ar da graça de um som.zim. Nem aquele som da janelinha do msn.
O MP4 liga. mas. não funciona.
Cansada de demonstrar minha falta de talento em lidar com esses imprescindíveis equipamentos do cotidiano moderno. Resolvi me render e enviar ao conserto minha câmera, quebrada há sei lá quanto tempo.
E o que aconteceu?
Para minha surpresa. Ela funciona como se nada tivesse acontecido. Fui testar. Com flash. sem flah. tudo funcionando direitim.
E se pode explicar essa personalidade temperamental dos meus bens quase duráveis?
-Eu me rendo. [bah!] Mas, aproveitei pra usar umas poses... só de teste claro. [hehehe]
terça-feira, 16 de dezembro de 2008
Reflexão pós-compras de fim de ano...
Woody Allen
segunda-feira, 15 de dezembro de 2008
À : minha parte boa
A definição seria essa: Minha parte boa.
O cumplice preferido é de todos os dez minutos e horas.
Reconheço-me injusta nessa relação de amor. Até investigo, na mania dos ciêntistas sociais, o que explica persistir a me querer bem?
Nao me falta, por um dia que seja, poesia. negritude. vento. musica. xeru. Num tem lacuna.
Já dizia o poeta: "Se todos fossem iguais a você. Que maravilha viver."
Gosto demais. Sou enjoada. Impliquenta. bipolar, até, será? Mas, eu sempre gosto de você.
Dá frio na barriga, dá vontade de ver, dá vontade de num ver mais, de contar tudo do dia que foi um desastre... você mais que ninguem conhece minhas confusões.
Um dos melhores pares na vida.
E sei que ainda tem muita vida pela nossa frente.
Entretanto, tenho as minhas saudades, estas vão sempre me levar à recordar tu... minha lembrança terá que me obedecer neste ponto.
Lembrando eu falando, falando, falando. E dos ombros, dos choros, dos acenos.
[...e envolvidos pelo clima de ano novo começo a sessão de agradecimentos do blog e dos que salvam-me das minhas confusões.]
Era colorido muito. Alegrava o caminhar. Mas, quando você busca por uma hora e meia um lugar pra almoçar e não encontra, o mal-humor é o que lhe forra o estômago.
Passada por esta etapa e de buchim cheio. Voltamos a andarilhar. Afinal, há muita coisa para se ver. E colorido voltou, morto de lindo. E eu, lá. Nascida e criada na capital, toda faceira, querendo fazer parte do cenário. Coloquei até chapéu de couro. Amarrei fitinha no portão.
Mas, não se fazem mais interiores como antigamente, ninguém me deu um arrancho no pingo do mêi'dia. Sentei no batente e descancei um pouquim.
Cada pedacim de gente, de santo, de feira, de calor que eu via, eu lembrava do meu pai e do meu avô. Eles já tinham me levado neste lugar.
Meu avô já viu onça virar bode. Já deu arrancho a matador. Já colheu e deu pro santo agradecendo a chuva boa. Me ensinou a amarrar as alpragatas, à abrir a porteira, a sentar na calçada de tardezinha.
Me ensinou mais um magote de coisa que não lembro neste instante. Ah. me ensinou também a fazer verso. Não aprendi muito bem. Num tenho muito ritmo pro cordel. Acho que tem que virar música quando você vai falando e o meu é desafinado. num rima.
O seu verso preferido é um falatório das lembranças da Paraíba. canta as florzinhas do jardim da mãe dele. a saudade dos irmãos. a plantação. a vontade de voltar pro lado de lá dos Inhamuns. Meu pai, já tem menos graciosidadena cantoria. Mas, é um talento pra contar historias das secas de 50, de 60, de 70. Depois fala do verde dos óio se espalhando na plantação. E andava a cavalo. Montava touro bravo. comia fruta do pé. cuidava dos irmãos. mel de jandaíra. e ainda menino deitava na sombra do pé do juazeiro e tirava um cochilo.
Mas, nem só de coisa boa vive o sertão. Eu sei. Meu avô também me contou. Sei da terra guardada nos bolsos dos Dr.'s. Sei da judiação do sol e da terra seca. Mas, sei muito pouco.
Nesse sobe ladeira. desce ladeira. as historias contadas acompanharam-me como que uma trilha sonora.
" Que braseiro, que fornalha
Nem um pé de plantação
Por falta d'água perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão
Hoje longe muitas léguas,
nessa triste solidão,
espero a chuva cair de novo,
pra eu voltar pro meu sertão." (Asa Branca)
sábado, 13 de dezembro de 2008
Retrôs.pectiva
ah. eu chorei demais esse ano. entretanto, não considero isso um indicador necessariamente ruim. aproveitei bem esses choros. me levaram a boas idéias, que alterarão o curso dos anos vindouros. para melhor.
ah. pintei as unhas de vermelho. adorei bolsas grandes.
Sim. eu nao consigo usar sapatos. nem saltos. mesmo estando na moda. essa é uma das desistências do ano. Desisti também de perseguir a harmonia. Isso é conversa fiada. o que não falta é confusão nesse mundo.
Acho que agora entro em acordo com Simmel que concedeu ao conflito uma autêntica função social, sendo inerente as relações.
Mas, acredito na sabedoria da cultura popular também que diz: quando um nao quer dois nao brigam. Então, nao brigo mais. não me explico mais.
Quê mais? Gastei dinheiro. E para quem nao acreditava que eu pudesse: Rá! eu juntei dinheiro. [hehehe] Aumentei a coleção de cartões postais. minha câmera quebrou. mudança no quarto. aprendi a meditar pra dormir. escutei musica demais. inclusive muita musica diferente do que se ouvia antes. desapeguei. li. li. li. bastante. todos os estilos. escrevi pouco. Pratiquei a empatia. danceiiiii!!! Eu dancei esse ano!!! Isso sim foi um avanço, viu? Adorei viajar sozinha. assistir filme sozinha. dormir sozinha. respirar sozinha. menos ansiedade. mais vontade de deixar ver onde as coisas vão parar. mais medo. mais facilidade de lidar com a coragem. joguei futsal. usei oculos para os dias inlectuais. tendinite. manhãs apressadas. tardes cheias. noites ocupadas. sempre se tinha algo à fazer de bom ou de obrigação. pensando agora... os dias foram rápidos. e ano ligeiro.
sexta-feira, 12 de dezembro de 2008
Vento
Por isso é que não tenho forma
Peso eu também não tenho,
Não tenho cor.
Quando sou fraco, me chamo brisa
E se assuvio, isso é comum.
Quando sou forte, me chamo vento
Quando sou cheiro, me chamo pum."
[sendo vento eu também]
quarta-feira, 10 de dezembro de 2008
segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
Aquele risquinho doído que eu via no pé quando lembrava o ponta do balé, o Mawashi Geri e quando calçava a sandalia branca o Dr. esclareceu que é meu tendão inflamado, distendito... algo assim. as duas coisas ao mesmo tempo. talvez. quem sabe?
Dr.'s não são muito claros nos seus palavriados. Mas, entendi. ao que tudo indica piorou com as poucas partidas do campeonato de futsal.
Ainda não representa um grande problema, nem dei muita importancia. Umas sessões de fisioterapia, massagens nos pés. e passará essa crise. uffa.
Daí lembrei que possivelmente terei 70 anos um dia. e aí terei um grande problema singular. além dos já divididos com os demais. a exemplo do derretimento dos polós. dos ventos assustadores. do calor com chuva ácida. terei a só minha tendinite no pé direito. e no pé esquerdo.
Lembrei neste momento de uma frase lida em um fanzine há algum tempo. talvez ele ainda esteja nos meus guardados. Nesse exemplar, podiamos ler na capa uma observação muito concistente de uma menininha de 4 anos.
Amar é: quando meu avô pinta as unhas dos pés da minha avó por ela ter artrite. mesmo ele também tendo artrite.
Agora eu realmente estou convencida que preciso achar alguém que pinte minhas unhas do pé. meta para os próximos 50 anos.
Alguém se habilita?
[hunf!]
Carlos Drummond de Andrade
Elegia 1938
Trabalhas sem alegria para um mundo caduco,
onde as formas e as ações no encerram nenhum exemplo.
Praticas laboriosamente os gestos universais,
sentes calor e frio, falta de dinheiro, fome e desejo sexual.
Heróis enchem os parques da cidade em que te arrastas,
e preconizam a virtude, a renúncia, o sangue-frio, a concepção.
À noite, se neblina, abrem guarda-chuvas de bronze
ou se recolhem aos volumes de sinistras bibliotecas.
Amas a noite pelo poder de aniquilamento que encerra
e sabes que, dormindo, os problemas de dispensam de morrer.
Mas o terrível despertar prova a existência da Grande Máquina
e te repõe, pequenino, em face de indecifráveis palmeiras.
Caminhas entre mortos e com eles conversas
sobre coisas do tempo futuro e negócios do espírito.
A literatura estragou tuas melhores horas de amor.
Ao telefone perdeste muito, muitíssimo tempo de semear.
Coração orgulhoso, tens pressa de confessar tua derrota
e adiar para outro século a felicidade coletiva.
Aceitas a chuva, a guerra, o desemprego e a injusta distribuição
porque não podes, sozinho, dinamitar a ilha de Manhattan.
domingo, 7 de dezembro de 2008
Momento: discussão da conjuntura política
Fonte de pesquisa:
O homem que sabia javanês. Lima Barreto.
O Presidente que sabia javanês. Carlos Heitor Cony / Angely.
sábado, 6 de dezembro de 2008
sexta-feira, 5 de dezembro de 2008
Se fala.
.ininterruptamente fala muito.
Não há, angustia que não passe.
Me instrui que falar dos incômodos é o modo hábil de peder os medos.
Ainda assim. choro e falo. em uma lógica que me aparece um sendo aproximadamente o outro.
Sentar e falar. é apetecer, que de alguma forma, isto possibilita ausentar-se desta circunstância no estilo mais fácil poderia haver.
[...]
"Eu vou tirar você desse lugar
Eu vou levar você pra ficar comigo
E não me interessa o que os outros vão pensar"
quinta-feira, 4 de dezembro de 2008
Atividades:
eu não sei se vale a pena
trabalhar nesse sistema
tomar banho em Iracema
e adiar meu carnaval]
... [foi cantado]
segunda-feira, 1 de dezembro de 2008
Eu nao me poupo. Eu quero ter a verdade. é verdade. mas, não é cogente ver. Só quero a ciência exata sem lorota.
Mas, demos primazia a verdade em peça. não de toda. Apenas uma parte significante, pra que possa achar que sei tudo.
No entanto, é imprescindivel, ser uma parte que permita continuar confundindo as vontades.
Eu num sei se forte ou se fraca.
Eu acho que vai perecer e num faz. eu acho que tá tudo trancado e num tá. portas escancaradas.
Desce ao sotão e chama todos aqui pra cima que a festa da confusão vai começar!!! Iuuurruuu!!!
É assim que sinto em dias de hoje. Não entendo o que há.
Há dias comuns que os corriqueiros deixam sua condição de desnecessários e tornam-se saudade, som e fato. Que, deixando bem claro, não são necessariamente reais.
Isso custa pouco tempo. é até o olhar ao lado ver algo ablíquo.
sábado, 29 de novembro de 2008
Lista para Maria
1. Comprar o presente de Natal.
2. Preparar os aniversarios.
3. Ensinar a falar Mike Wasowsky.
4. Levar ela à praia e dá todas comidas que os pais não dão.
5. Um livro e uma caixa de lapis coloridos pra riscar ele enquanto não sabe ler.
6. Mais alguns presentinhos.
7. Esconder travessuras.
8. Cuidados com os resfriados dos sorvetes e banhos de chuva que eu dei.
9. Matricular no balé.
10. Muitas fotos.
11. Ensinar a desenhar na parede da sala.
12. Pegar no colo para dizer que tudo se acerta quando a mãe dela brigar.
[... ai ela deve ter uns três anos e eu refaço a lista. hehehe]
Objetivo final: Mostrar que madrinhas são sempre muito legais. [Pelo menos, até ela lá aos 18 anos, pedir meu carro emprestado.]
Amooo!!!
sexta-feira, 28 de novembro de 2008
"Coma deste sal comigo..."
Memorial foi estrategia para guardar minhas lembranças. Lembrei tudo. só agora me dou conta.
Eu falo aos mais chegados que tenho uma disfunção... eu sinto saudade antes da hora. Recebo a noticia que alguém vai viajar, e eu ja estou com saudades um mês antes. e ainda nem foi. Não fui ver o filme que gostaria, e eu já estou com saudades do sábado no cinema que nem aconteceu. Poderiamos analisar isso como: ansiedade. mas, num sei dizer direito o que é. ainda acho que é além disso.
Qual a matematica funcional, filosofica e neuro cientifica das minhas lembranças?
Eu preciso entende-la. Eu não tenho memória. Se esqueço, nem lembro que esqueci. As coisas simplesmente deixam de exsitir, não importa o esforço que faça, se eu nao lembro neste minuto, nao lembrei quando passarmos para o próximo.
Mas, as vezes até acho que lembro demais...
Não possuo nenhum poder de coerçao sobre meu guardador.
Eu digo: quero esquecer isso. Quero esquecer isso. Ele me ignora.
digo então: E isto? Isto, eu quero lembrar pra sempre, ouviu? Ele me ignora.
Íncrivel pensar a gravidade desta ineficácia de ordens. se lembrar interfere em todo o resto.
Quem será que escolhe o que vou conseguir recordar?
O meu lado direito do cerebro? o esquerdo? um grupo de cientistas que fazem comigo o show de Truman? a Matrix? O grande irmão? O ego? o Self? O professor Xavier? Afinal quem apagou a memória do Wolverine? [são muitas dessas possibilidades que devo levar no esquecimento, inclusive a verdadeira]
É fato que, neste episódio, uma das possibilidades levantadas me assustou. já tenho por certo que lembro de coisas demais. mas, dei-me conta agora que minhas lembranças também estão nos outros.
Isso é mais assustador que os outros vestígios que me conduziam ao alvitre. Eu estou por ai. e outros aqui. e ta cheio.
-"Coma comigo deste sal." [para distrair-se do peso do que vou lhe falar e você possivelmente não poderá optar se vai lembrar. no entanto, há a esperança de lembrar mais do sal.]
Bukowski
mas há as pessoas
que passam pela vida com
muito pouca
fricção de angústia.
eles se vestem bem, dormem bem.
eles estão contentes com
a família deles.
com a vida.
eles são imperturbáveis
e freqüentemente se sentem
muito bem.
e quando eles morrem
é uma morte fácil, normalmente durante o
sono.
você pode não acreditar nisto
mas tais pessoas existem.
mas eu não sou nenhum deles.
oh não, eu não sou nenhum deles,
eu não estou nem mesmo próximo
para ser um deles.
mas eles
estão lá ...
e eu estou aqui."
quarta-feira, 26 de novembro de 2008
terça-feira, 25 de novembro de 2008
[Próxima faixa]
Me meto no raciocinio, se o autor assim me permitir, pra dizer que esta frase continua em uma outra parte do mesmo novo CD.
"Mas foi por causa dela que o céu desabou
sobre suas estrelas / Tinhorão, que horror!
Pecado pai que nosso palco
num desavisado quebra cai,
nosso mundo se vai."
Mulher. Homem. aqui num depende do gênero musical. ou gramatical. ou literario. ou bom. ou ruim.
Enfim, o fato é que: sabia que minha clareza continuando pertencendo a mim, nao gostaria nem por um dia de trabalhar com música.
ainda que tivesse invariável talento para o oficio. o que definitivamente não tenho.
Porém. No entanto. Todavia. [...]
não que fosse desejado. longe de mim. Mas, me agradaria. um dia. que a musica a mais entre as já das Teresa's,
fosse por árduo emprevisto endereçada a essa que vos fala.
[Aí. agora. nem sei. paira. titubeio.]
Escutar a musica que cito acima, abalou minhas estruturas de compreensão do bel-prazer, nao sei mais se de fato tocaria essa em minha vitrola.
não gostaria de cantar. já disse.
Não tenho arranjo que possibilite cantar nem o lado B de vinil mais um "bis", sem correr o risco de não mais abrir a boca.
Não obstante que fosse pra dizer trinta e três, na ida ao médico cuidar da tuberculose. a doença dos artistas do outro século.
nasci do século errado.
.a segunda. ainda pós a constatação que a mulher de musica deva continuar na musica.
Mantenho: mas, "foi por causa dela que o céu desabou." -Oooo Oooo
.relação intrinseca dos musicaveis e o céu. desaba é tudo.
Num adianta sublimar. nem chover. nem nada.
Desaba. e pronto. e ponto.
[beneficios da versão remasterizada de escrever em blog, nem percebi que cheguei a próxima faixa]
domingo, 23 de novembro de 2008
Atribuindo os devidos direitos
Sala de musica
Chegado ao gastroenterologista, entrada com olhares flutuantes do demais hospedeiros de bacterias, indo ao transmites burocraticos dos planos de saude. "-Senhora, coloque o seu dedo indicador, por favor." Benditos transmites burocraticos. Percebi que a sala divida-se em dois espaços. Um interessante, e outro chato. Obviamente minha mae foi ao chato. Obviamente fui ao chato junto. Mas, obviamente depois de cinco segundos fui ao interessante.
Lado A. Toca blues. poltronas confortaveis. bela vista da janela. um senhor interessantissimo lendo seu livro. A verdade, é que o homem olhava e lia: o livro e eu intercaladamente. Senhores. Eu nao sei olhar assim. Me conformei em ver pés, mãos, tudo em parcelas repartidas montando o mosaico do sofa que estava a minha esquerda. "-Senhor. Por favor pode vir até aqui? " O senhor foi. E eu fui junto mesmo sem me dá conta. Acho que ele deu conta, mas acho também que nao deu muita conta pra mim. Voltou ao seu lugar. E eu novamente tentando guardar as peças, dentro do meu livro que fingia esta aberto. se soubesse desenhar, desenharia, mas nao sei. Fui guardando. "-Senhor, pode entrar, o doutor lhe aguarda." O senhor foi. e fui com ele mais uma vez sem mexer olhos, deixando todos os neuronios dedicados a guardar na memoria todo o possivel. e a maldita voz me desconcentrou: "-Senhora, seus documentos. Pode guarda-los."